Eduardo Cardoso Alves, vice-presidente da Associação Nacional dos Médicos Peritos Federais (ANMP), tem sido vocal na sua oposição à recente implementação de um bônus de produtividade que o governo planeja conceder aos peritos e servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Esta medida é uma tentativa de resolver a crescente fila de beneficiários aguardando aprovação no prazo legal de 45 dias.
Detalhes do Bônus de Produtividade
O bônus, que varia entre R$ 68 e R$ 75, foi anunciado na semana passada. É destinado aos funcionários que optarem por se dedicar a mais horas de trabalho além do seu horário regular.
O programa é um ressurgimento de uma prática semelhante implementada em 2019, agora reavivada devido ao aumento significativo da fila de beneficiários nos últimos meses.
A Polêmica do Bônus: A Perspectiva de Eduardo Alves
Além de convocar médicos e funcionários a estenderem as suas horas de trabalho, Alves argumenta que o valor atribuído na renovação do programa foi drasticamente reduzido para metade do original.
Alves chegou a qualificar a iniciativa como uma “farsa”, alegando que o programa de bônus está sendo utilizado para distorcer os avanços conquistados pela categoria durante a greve no governo de Jair Bolsonaro.
Ele teceu críticas à gestão atual, especificamente ao Ministro da Previdência, Carlos Lupi, e expressou preocupação sobre o constante crescimento da fila de beneficiários do INSS.
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A Resposta do Ministério da Previdência
Em resposta às críticas, o Ministério da Previdência refutou as afirmações de Alves. Alegou que a ANMP optou por isolar-se ao cortar os laços com a gestão atual do Ministério.
O Ministério defendeu a possibilidade de os peritos revisarem os documentos em dias não úteis fora do local de trabalho, oferecendo assim uma maior flexibilidade.
Adicionalmente, o Ministério da Previdência argumentou que o valor do bônus havia sido aumentado em setembro do ano anterior sem uma justificativa plausível, o que resultou numa diminuição da produtividade e da capacidade de atendimento dos segurados.
Como consequência, a redução do valor do bônus foi vista como uma medida necessária para restaurar a eficiência operacional.